mercoledì, luglio 06, 2011

Ao revés. A resposta (§ 2.º) eleva o problema ao quadrado.


Não corremos em direção à morte; fugimos da catástrofe do nascimento. Debatemos-nos como sobreviventes que tentam esquecê-lo. O medo da morte não passa da projeção no futuro de outro medo que remonta ao nosso primeiro momento. É verdade que nos repugna considerar o nascimento como uma calamidade: acaso não se nos inculcou que se trata do bem supremo e que o pior situa-se ao final, e não ao início, de nossa carreira? No entanto, o mal, o verdadeiro mal, encontra-se atrás, e não adiante de nós. Buda sabia aquilo que escapou ao Cristo: antes da velhice e da morte, ele afirma o fato de nascer, fonte de todas as enfermidades e de todos os desastres...


E SE, ORAS, O GRANDE INFORTÚNIO CONSISTE, EM VERDADE, EM SE SER LANÇADO AO MUNDO, DESESTIGMATIZE-SE O ASSASSÍNIO.  O CRIME ÚLTIMO (PRIMEIRO), INDESCULPÁVEL,   CONSUMA-SE NA CONCEPÇÃO. 

CORRENDO SEMPRE POR CIORÁN, EM DIVERSAS FONTES, DESCUBRO QUE DIZ O MESMO, QUANTO À CULPABILIDADE DOS PAIS.  E, CONFORME ESCREVI DIA DESSES: INDA ME ENCHO DE ORGULHO, PORQUE CONCORDAMOS MESMO ANTES QUE EU O CONHECESSE - O QUE  ME FUNDAMENTA AS PERCEPÇÕES, E BRILHANTEMENTE.  

POIS CORROBORA O EXCERTO TRANSCRITO (UM CIORÁN QUE SE CONSERVA FIEL AO RACIOCÍNIO PRIMEIRO):

Os filhos que nunca quis ter, se soubessem a felicidade que me devem!

ISSO NÃO ME PARECEU ABJETO.  DE FORMA ALGUMA.  O POUPAR, SE NÃO A SI MESMO - PORQUE, *NESTE* CASO, INEXISTE ESCOLHA -, MAS, A OUTRO, ESTÁ MUITO AQUÉM DO ALTRUÍSMO.  É JUSTO, TÃO-SOMENTE. 

E PESQUISEI, SEM SOMBRA DE ÊXITO, SE HAVIA HIPOCRISIA NO ESCRITO, CHEGANDO A AFORISMO DUVIDOSO:


AVER COMMESSO TUTTI I CRIMINI, TRANNE QUELLO DI ESSERE PADRE.

NA 12.

DESAVIEMO-NOS? 

1 commento:

  1. Interessante é, sem dúvida, o tal ponto-de-vista. Mas há uma dúvida - se não há existência, como saber a felicidade? E como saber a felicidade sem a vil tristeza?

    RispondiElimina

CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.