martedì, dicembre 22, 2009

QUANDO, UM DIA, O GUARDA ME DISSE QUE EU ESTAVA LÁ HÁ CINCO MESES, ACREDITEI, MAS NÃO COMPREENDI. PARA MIM, ERA SEMPRE O MESMO DIA, QUE SE DESENROLAVA NA MINHA CELA, E ERA SEMPRE A MESMA TAREFA QUE EU PERSEGUIA SEM CESSAR. NESSE DIA, APÓS O GUARDA TER SAÍDO, OLHEI-ME NA MINHA BACIA DE FERRO. PARECEU-ME QUE A MINHA IMAGEM FICAVA SÉRIA , MESMO QUANDO TENTAVA SORRIR PARA ELA. AGITEI-A DENTRO DE MIM. SORRI, E ELA CONSERVOU O MESMO AR SEVERO E TRISTE. O DIA ACABAVA E ERA HORA DE QUE NÃO QUERO FALAR, A HORA SEM NOME, EM QUE OS RUÍDOS DA NOITE SUBIAM DE TODOS OS ANDARES DA PRISÃO, NUM CORTEJO DE SILÊNCIO. MEU ESTRANGEIRO. LEMBRANDO-ME DE QUE O TEMPO PASSA SEM QUE PERCEBAMOS, POR VEZES. MAS QUE HÁ AS HORAS SEM NOME. A MINHA É TRÊS DA MANHÃ. PORQUE A MANHÃ FAZ QUE VEM, MAS NÃO VAI. E EU ESTOU VIVA, MAS EM CERCA DE DEZ MINUTOS, O COMA ME VISITA. E TUDO FICA DURO E NEBULOSO.

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CI SIAMO QUATTRO. E LEGGIAMO ASSOLUTAMENTE TUTTO. DOPO TRE O QUATTRO MESI. E CINQUE O SEI BICCHIERI. DI VELENO.